terça-feira, 5 de novembro de 2013

Hepatite

O que é:

Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais freqüentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão freqüente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas.

Tipos:

Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra; a doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a doença. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.

Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sangüíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Freqüentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.

Tratamento:

Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas sintomático para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante pela própria condição do paciente.

A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.

Prevenção:

A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no SUS,conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B também disponível no SUS, conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de preservativos nas relações sexuais.

Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção, como: triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.

Fonte: Ministério da Saúde, 5.11.2013

Leptospirose

O que é?

É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. 

Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.

Quais os sintomas?

Os mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. 

Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarréia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.

Como se transmite?

Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina de animais doentes ou convalescentes.

Como tratar?

O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.

Como se prevenir?

Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o combate aos ratos.

Deve-se evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas ou outros ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

O hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deverá ser utilizado para desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1000 litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água). 

Durante a limpeza e desinfecção de locais onde houve inundação recente, deve-se também proteger pés e mãos do contato com a água ou lama contaminadas.

Dentre as medidas de combate aos ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destino adequado do lixo e o armazenamento apropriado de alimentos. A desinfecção de caixas d´água e sua completa vedação são medidas preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores através do uso de raticidas e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente capacitadas.

A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, alguns dias depois de ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, deve procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo. A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o tratamento precoces são a melhor solução.

Fonte: Ministério da Saúde, 5.11.2013

domingo, 27 de outubro de 2013

Atraso no programa Água para Todos pode comprometer saúde

O governo Dilma Rousseff não cumpriu nem metade da meta de entregar 130 mil cisternas até julho aos atingidos pela seca no Nordeste.

Dos reservatórios de água prometidos pela presidente no dia 2 de abril, em evento com sete governadores em Fortaleza (Ceará), 59 mil foram entregues no prazo.

A ideia de acelerar a entrega de cisternas até meados do ano tem um motivo climático. É nesse período que se encerra a época de chuvas --ainda que escassas-- na região do semiárido.

Os moradores que receberam as cisternas no prazo e tiveram a sorte de contar com alguma chuva conseguiram armazenar essa água para enfrentar mais um período de meses de estiagem.

CARROS-PIPA
Fora do período de chuvas, o sertanejo depende apenas dos carros-pipa para abastecer seus reservatórios. Uma opção são os veículos contratados pelo Exército, nem sempre com equipes e água suficientes.

Outra é pagar pelo abastecimento a carros-pipa de particulares (cerca de R$ 100 para encher o reservatório) ou de veículos da prefeitura, que muitas vezes abastecem apenas as cisternas de seus aliados políticos no município.

Considerada a pior dos últimos 50 anos, a seca já deixou cerca de 1.500 municípios do Nordeste e Minas Gerais em estado de emergência, afetando dez milhões de pessoas. Também arrasou a agropecuária, com perdas de cultivos e de animais.
Editoria de Arte/Folhapress
METAS
O Ministério da Integração Nacional coordena o programa. As cisternas são compradas e levadas aos municípios, onde empresas locais cuidam da instalação. Além da meta de 130 mil até julho, Dilma falava em 240 mil até dezembro e um total de 750 mil até o final do de 2014, ano eleitoral.

De abril até agora, segundo o governo federal, 125 mil reservatórios foram entregues e o governo federal gastou R$ 437 milhões na aquisição das cisternas.

Em municípios do interior do Ceará, como Acopiara (a 355 km de Fortaleza) e Canindé (a 118 km da capital), as cisternas de polietileno já se integraram à paisagem local: elas se acumulam em depósitos a céu aberto à espera de instalação.

Moradores da região se cadastraram desde o início do ano para recebê-las. Sem os reservatórios, eles não podem nem armazenar água dos carros-pipa. A única alternativa é, diariamente, encher baldes nos poucos açudes que ainda não secaram.

Cisternas no Nordeste

Leonardo Soares/Folhapress


Claudenice Chaves de Lima, de Acopiara, no interior do Ceará, ao lado da cisterna que ainda não foi instalada
AÇUDES
É o que faz a dona de casa Maria Luciana da Silva, 30, da zona rural de Acopiara. Ela leva uma hora na caminhada para buscar água. "Não vem aqui o carro-pipa", diz a moradora, que reclama por ainda não ter recebido os reservatórios -que já chegaram a algumas das casas vizinhas.

Mas quem já recebeu as cisternas também enfrenta problemas. A Folha encontrou residências com equipamentos entregues há meses, mas que ainda não foram instalados.
A agricultora Silvana de Araújo, 38, de Acopiara, afirma que o reservatório foi deixado em seu quintal há quatro meses, sob a promessa de uma instalação rápida. Até agora está parado. Ela, o marido e os cinco filhos bebem a água de açude.

Em Canindé, o aposentado Mozar Cruz, 65, recebeu só no início deste mês a sua cisterna. Mas ele diz ter pago um carro-pipa particular para enchê-la porque a água dos carros do Exército é pouca. "Não dá pra todo mundo", diz.

LENTIDÃO
A promessa das cisternas faz parte de um pacote de medidas contra a seca anunciadas em abril pela presidente. O governo resolveu priorizar as cisternas de polietileno sob o argumento da rapidez na instalação, em vez de reservatórios com placas de cimento, que continuam a ser feitos em menor escala.

Isso apesar de serem mais caras --custam R$ 5.000 a unidade, enquanto as de placa saem por cerca de R$ 2.200. As organizações não governamentais que participavam da produção das cisternas de placa, porém, passaram a levantar dúvidas sobre a durabilidade do novo tipo.

O governo federal argumenta que o polietileno é resistente ao calor e que o reservatório tem vida útil média de 35 anos.

A lentidão não afeta somente a instalação das cisternas: em junho, reportagem da Folha mostrou que as ações estão demorando a chegar a moradores afetados. Houve atraso, por exemplo, na entrega de milho subsidiado e na liberação de verbas para perfuração de poços.

Fonte: Folha S. Paulo, 27.10.2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença transmissível, parasitária, causada por vermes trematódeos do gênero Schistosoma. O parasita, além do homem, necessita da participação de caramujos de água doce para completar seu ciclo vital. Esses caramujos são do gênero Biomphalaria. No Brasil, somente três espécies são consideradas hospedeiros intermediários naturais da esquistossomose: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo, o homem.

Modo de Transmissão

O Indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários, que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam  o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais. O contato dos seres humanos com essas águas é a maneira pela qual é adquirida a doença.
Período de incubação
Em média, é de duas a seis semanas após a infecção, período que corresponde desde a fase de penetração e desenvolvimento das cercarias, até a instalação dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo.
Período de transmissibilidade
A transmissão da esquistossomose não ocorre por meio do contato direto, homem doente→homem suscetível. Também não ocorre “auto-infecção”, como na estrongiloidíase e outras verminoses. O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após a infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos. 
Os hospedeiros intermediários começam a eliminar cercarias após 4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios. Os caramujos infectados eliminam cercarias por toda a vida, que é aproximadamente de um ano.

Suscetibilidade e imunidade

A suscetibilidade humana ao verme é universal, embora apresente variações individuais. Portanto, qualquer pessoa, independente de idade, sexo ou grupo étnico, que entre em contato com as cercarias pode  contrair a infecção. Existem evidências de que certo grau de resistência à esquistossomose se faz presente na maioria dos indivíduos expostos em áreas hiperendêmicas, embora esse mecanismo não esteja perfeitamente esclarecido. Essa resistência, em grau variável, faz com que um grande número de pessoas continuamente expostas não desenvolva infecções com grandes cargas parasitárias. Por isso, é reduzido o número de pessoas com manifestações clínicas severas, em relação ao total de portadores.
Sinais e Sintomas
Na fase aguda, o paciente pode apresentar febre, dor na cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarréia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor na cabeça, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento do seu volume. Nos casos mais graves, da fase crônica, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água.
Tratamento
O tratamento para os casos simples é domiciliar. O praziquantel, na apresentação de comprimidos de 600 mg é administrado por via oral , em dose única de 50 mg/kg de peso para adultos e 60mg/kg de peso para crianças. Como segunda escolha, a oxamniquina apresenta cápsulas de 250 mg e dose de 15 mg/kg para adultos e solução de 50 mg/ml e dose de 20 mg/kg, para uso pediátrico . Os casos graves geralmente requerem internação hospitalar e tratamento cirúrgico.

Contraindicações

De maneira geral, não se recomenda a administração de medicação antiesquistossomótica nos seguintes casos:Durante a gestação; Durante a amamentação. No caso de tratamento da nutriz, a amamentação deverá ocorrer 72 horas após o tratamento;Crianças menores de 2 anos;Insuficiência hepática grave (fase descompensada da fase hepatoesplênica); Insuficiência renal ou outras situações graves de descompensação clínica.O risco/benefício do tratamento deve ser avaliado pelo médico.

Prevenção

A prevenção consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados.
Fonte: Ministério da Saúde, 22.10.2013

Dengue

O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

Qual o microrganismo envolvido?

O vírus do dengue pertence à família dos flavivírus e é classificado no meio científico como um arbovírus, os quais são transmitidos pelos mosquitos Aedes aegypti. São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.

Quais os sintomas?

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

Todos os quatro sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4 podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais. Deve-se levar em consideração três aspectos:

1. Todos os quatro sorotipos podem levar ao dengue grave na primeira infecção, porém com maior freqüência após a segunda ou terceira, sem haver diferença estatística comprovada se após a segunda ou a terceira infecção;

2. Existe uma proporção de casos que têm a infecção subclínica, ou seja, são expostos à picada infectante do mosquito Aedes aegypti mas não apresentam a doença clinicamente, embora fiquem imunes ao sorotipo com o qual se infectaram; isso ocorre com 20 a 50% das pessoas infectadas;

3. A segunda infecção por qualquer sorotipo do dengue é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua seqüência. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos.

É importante lembrar que muitas vezes a pessoa não sabe se já teve dengue por duas razões: uma é que pode ter tido a infecção subclínica (sem sinais e sem sintomas), e outra é pelo fato da facilidade com que o dengue, principalmente nas formas brandas, pode confundir-se com outras viroses febris agudas.

Como se transmite?

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

Como tratar?

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casos suspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamento médico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme a avaliação clínica inicial e subseqüente, quanto a possibilidade de evolução para gravidade. A hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos em abundância. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Como se prevenir?

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Fonte: Ministério da Saúde, 22.10.2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Degradação de mananciais em Juiz de Fora

O tema não é novo, mas a cidade continua mostrando dificuldades em gerir seus recursos hídricos e impedir a ocupação irregular do solo em torno de seus mananciais. Para que a Represa João Penido não termine como a de São Pedro, cuja desativação já está prevista, vai ter que colocar a pauta no centro da agenda pública. O assunto foi debatido, nesta quinta-feira (17) à tarde, na Câmara Municipal, em audiência proposta pelo vereador José Márcio (PV), que reuniu representantes da sociedade civil, especialistas e autoridades municipais. O principal consenso foi quanto à urgência de garantir, de maneira eficiente, a proteção da água que abastece Juiz de Fora, a fim de que o interesse público se sobreponha ao particular. 

"Há uma degradação consistente e permanente dos nossos mananciais sem que haja uma reação do Poder Público. Temos que avançar com mais agressividade na fiscalização da Represa João Penido para dar um basta nessa situação irregular. Se não mostrarmos que somos capazes de cuidar do que é nosso, como vamos cuidar da Barragem de Chapéu D' Uvas", questiona José Márcio. O vereador refere-se à futura fonte de abastecimento da cidade, cuja localização não está no município e sim em outras três cidades: Santos Dumont, Ewbank da Câmara e Antônio Carlos. Onze vezes maior do que a João Penido, a Bacia de Chapéu D'Uvas é a grande aposta para as próximas décadas. No entanto, sem uma gestão compartilhada e planejamento do uso da área, a barragem também poderá ser ameaçada, como já acontece com a João Penido, cujo assoreamento das margens, proliferação de plantas aquáticas e descargas clandestinas de esgotos em seus afluentes já comprometem a qualidade da água. "É preciso agir com urgência para evitar a morte da João Penido", salientou Maria Magaly Bucci, especialista da Secretaria de Meio Ambiente de Juiz de Fora. 

Uma das respostas dadas pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) para o problema da João Penido foi a publicação de decreto que impede temporariamente a suspensão da emissão de licenças e autorizações para novas construções, movimentações de terra, reforma de bens, instalação de atividades, entre outras ações na área que cerca o manancial. Restrições também foram adotadas em relação às áreas adjacentes à rodovia que está sendo construída para ligar a BR-040 ao entroncamento da MG-353, em Coronel Pacheco, passando por um terreno próximo à represa. Já o secretário de Meio Ambiente, Luiz Cláudio Santos Pinto, anunciou a intenção de contratação de novos fiscais e o reflorestamento em torno da área, com o plantio de quase 20 mil mudas. 

Fonte: Tribuna de Minas, 18.10.2013

domingo, 13 de outubro de 2013

Doença de Chagas: novos casos se concentram no Pará e Amapá


Embora o Brasil tenha reduzido de forma drástica os números de contágio do mal de Chagas nas últimas décadas, entre 150 e 200 novos casos ainda são registrados anualmente. Mais de 95% ocorrem em apenas dois Estados: Pará e Amapá, sendo o processamento de açaí e outros alimentos o principal foco de contágio.

Os dados são do Ministério da Saúde, que aponta elementos da cultura alimentar nortista, como as frutas, sucos e o alto consumo de açaí in natura como fatores de difícil controle.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, João Barbosa, a doença está controlada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e há casos raros no Nordeste.

No Norte, condições inadequadas de processamento e preparo de alimentos fazem com que o inseto barbeiro (Triatoma infestans e suas variáveis) ou suas fezes contendo o parasita Trypanosoma cruzi sejam ingeridas, levando à contaminação.

"O inseto acaba caindo em máquinas de processamento de alimentos, como moedores de cana. Frutas que não são esterilizadas da forma correta também podem ter fezes contaminadas", diz João Carlos Pinto Dias, que já chefiou o Programa Nacional de Combate à Doença de Chagas brasileiro e é membro do Comitê de Doenças Tropicais Neglicenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pinto Dias, que também atua como pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e tem mais de 220 artigos científicos e sete livros publicados sobre o assunto, diz que o Nordeste ainda abriga alguns resquícios de incidência do barbeiro, mas que a maior preocupação é com o Pará, no Norte.

Segundo o Ministério da Saúde, sabe-se que o açaí é o principal problema, e o governo já montou um esquema de normatização sobre a esterilização da fruta, que inclui procedimentos simples como a fervura da polpa, mas ainda há resistência nas comunidades locais.

Erradicação

Embora o Brasil tenha reduzido o número de novos casos anuais de Doença de Chagas de 150 mil nos anos 1970 para cerca de 150 a 200 atualmente, não se pode falar em erradicação.

"O principal vetor (o inseto barbeiro) foi interrompido. A outra principal forma de transmissão, por transfusão sanguínea, também foi eliminada, mas ocasionalmente existem novos casos. Uma doença só é considerada erradicada quando a chance de novas incidências é nula", diz João Barbosa.

Mesmo assim, já se pode afirmar que o mal tornou-se uma "doença rara" no país. Ele diz que o contágio vetorial (por diferentes espécies do inseto barbeiro) foi considerado oficialmente eliminado no Brasil pela OMS em 2006.

A doença também perdeu atenção na mídia brasileira, mas episódios isolados trazem o assunto de volta ao noticiário ocasionalmente. Em Santa Catarina, na cidade de Navegantes, 25 pessoas foram infectadas e três morreram após ingerirem caldo de cana em uma barraca às margens da BR-101 no verão de 2005.

Transfusões

Quanto à transmissão por transfusão sanguínea, Pinto Dias diz que o Brasil adotou em 1986 uma lei exigindo que todos os bancos de sangue fizessem testes para detectar a doença. Em 1990, 100% dos hemocentros já haviam normatizado o procedimento.

"Hoje em dia 0,3% dos doadores brasileiros são detectados com mal de Chagas. No passado o número chegou a 15%. Temos de 3 a 4 milhões de transfusões anuais no Brasil e são registrados entre 15 e 20 casos de contaminação por ano desta maneira", diz.

Outra forma de transmissão da doença citada pelo artigo americano, de mãe para filho, também está em declínio no Brasil. A idade média das mulheres infectadas está acima dos 40 anos, fora de idade fértil, o que reduz a chance deste tipo de contágio no país, segundo Pinto Dias.

"A tendência é que o número de mulheres infectadas diminua gradativamente com o envelhecimento, o que diminuirá cada vez mais a chance de haver transmissão de mãe para filho".

Fonte: BBC Brasil, 31/05/2012

Diarreia e Desidratação

A diarreia é um desarranjo do intestino com aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas. 

Causas: Os germes causadores da diarreia costumam chegar ao ser humano através da boca, podendo estar na água ou alimentos contaminados. A maioria das diarréias é causada por vírus, bactérias ou parasitas. Os parasitas são comuns em locais com condições precárias de higiene sanitária. 

Complicações da diarréia: 
- desidratação; 
- diarreias de repetição, desnutrição crônica, retardo do desenvolvimento do peso e estatura; 
- retardo do desenvolvimento intelectual; 
- morte. 

Tratamento: 
- iniciar a ingestão do soro caseiro* o mais breve possível; 
- aumento da ingestão de líquidos como soros, sopas, sucos; 
- ingerir de 50 a 100 ml de líquido após cada evacuação diarréica; 
- manter a alimentação habitual, principalmente o leite materno, corrigindo erros alimentares e seguindo as orientações médicas; 
- observar os sinais de desidratação. 

Sinais da desidratação: 
- olhos fundos; 
- ausência de lágrimas quando a criança chora; 
- boca e língua secas; 
- ter muita sede e beber água ou outro líquido muito rápido; 
- diminuição da quantidade de urina; 
- afundamento da moleira. 
Se apresentar dois ou mais sintomas, pode ser desidratação. É necessário procurar a unidade de saúde mais próxima imediatamente para atendimento médico. 

Prevenção: 
- amamentar o recém-nascido no mínimo até os seis meses de vida; 
- beber somente água tratada, filtrada ou fervida; 
- beber bastante líquidos, principalmente nos dias mais quentes; 
- observar se os encanamentos da residência não estão furados; 
- manter os depósitos de água sempre fechados e fazer limpeza regularmente; 
- não tomar banho em rio, açude ou piscina contaminada; 
- manter a higiene da casa, pessoal e dos utensílios de mesa e fogão; 
- lavar as mãos com água e sabão antes de preparar os alimentos, antes de amamentar, após a troca de fraldas de crianças ou após usar o banheiro; 
- proteger os alimentos de moscas, baratas e ratos; 
- lavar cuidadosamente as verduras e frutas. 

 *Como preparar o soro caseiro: Misture em um litro de água mineral, de água filtrada ou de água fervida (mas já fria) uma colher pequena (tipo cafezinho), de sal e uma colher grande (tipo sopa), de açúcar. Misture bem e ofereça o dia inteiro ao doente em pequenas colheradas.

Fonte: BVS - Ministério da Saúde - Dicas em Saúde, transcrito em 13/10/2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Impacto das mudanças climáticas na saúde da população preocupa governo brasileiro

As mudanças climáticas deverão provocar aumento do nível dos mares e da intensidade de eventos extremos, como secas e tempestades em todo o mundo. A previsão foi confirmada pelo último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), em 27 de setembro. Diante de um cenário de incertezas em relação ao futuro do planeta, o governo brasileiro se prepara para reduzir os efeitos colaterais do clima na saúde da população. 

O tema já havia sido tratado na primeira versão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, de 2008, mas ganhou destaque ainda maior nos últimos anos. Em junho, foi lançado o Plano Setorial de Saúde para Mitigação e Adaptação para a Mudança do Clima. O plano setorial integra a versão preliminar do novo Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que abriu para consulta pública na internet no dia 1º de outubro. 

De acordo com o governo brasileiro, espera-se que as mudanças no clima tenham impactos diretos (como no caso dos desastres naturais), indiretos (devido à mudança na qualidade da água, do ar e dos alimentos) e também por meio de perturbações sociais e econômicas. 

“A questão é como preparar o sistema de saúde para esses eventos. Dentro do sistema que já existe, temos que começar a prepará-lo para isso. Pelo que os relatórios apontam, haverá chuvas muito fortes e secas muito fortes no país”, disse o secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MME), Carlos Klink. 

Entre as preocupações do governo brasileiro, estão as doenças transmitidas por vetores como a dengue, a malária, a febre amarela e a leishmaniose, ou por água e alimentos contaminados, como diarreias agudas, leptospirose e toxoplasmose. 

Acredita-se que alterações climáticas, como intensas ondas de calor, tenham impacto também sobre doenças crônicas não transmissíveis, como males cardiovasculares e respiratórios. Há ainda o agravante de se unir as mudanças no clima com a poluição atmosférica (que é um dos principais fatores de aceleração do aquecimento global). 

Há também a preocupação com os riscos de escassez de águas e alimentos e de transtornos psicológicos como o estresse provocado pelos eventos climáticos extremos. Entre as metas do governo estão ampliar a cobertura vacinal da população, a vigilância sobre as doenças crônicas e a análise da qualidade da água, além de reduzir a incidência de doenças provocadas por vetores. 

Edição: Fernando Fraga Fonte: Agência Brasil, 6. 10. 2013

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Unidade 11: Regulação

1. Quais as características do exercício da função de regulação do saneamento básico?

2. Quais são os objetivos da regulação?

3. A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços. Cite três exemplos de normas?

4. Cite três argumentos sobre a eficácia operacional da regulação dos serviços de saneamento básico?

5. Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços, os titulares poderão adotar os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de abrangência da associação ou da prestação. No entendimento do grupo, o que é gestão associada ou prestação regionalizada do saneamento básico? 

6. Cite três formas de regulação dos serviços de saneamento básico?

sábado, 17 de agosto de 2013

Unidade 10: Planejamento e Gestão do Saneamento Básico

1. Quais são os componentes do Saneamento Básico segundo a Lei 11.445/2007? 

2. Por que os serviços públicos de saneamento básico devem estar submetidos a uma política pública? 

3. Quais as dimensões que compõem um processo de planejamento? 

4. Qual a importância da participação e do controle social na gestão dos serviços de saneamento básico? 

5. Qual a importância de um Conselho Municipal de Saneamento Básico ou da Cidade? 

6. Segundo a Lei 11.445/2007, qual o escopo mínimo de um Plano Municipal de Saneamento Básico?

sábado, 3 de agosto de 2013

Unidade 9: Logística Reversa

A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) estabeleceu que são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 

Grupo I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; 
Grupo II - pilhas e baterias; 
Grupo III - pneus; 
Grupo IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
Grupo V - lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio; 
Grupo VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 

Qual o projeto do grupo para um processo de logística reversa do produto correspondente ao número de seu grupo?


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Emissão de gases do efeito estufa reduzem em 38,4% entre 2005 e 2010

Puxado pela queda significativa no desmatamento na região amazônica, o Brasil conseguiu reduzir em 38,4% a emissão de gases do efeito estufa entre 2005 e 2010, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (5) pelo governo federal.

Os números são imprecisos, pela dificuldade natural de medição, em escala nacional, da quantidade de gases emitidos por indústrias e pelo setor agropecuário, por exemplo.

Por isso, oficialmente o governo nem chama os dados de "índice", mas de "estimativa". A margem de erro pode chegar a 15%, dependendo do tipo de fonte emissora dos gases do efeito estufa.

Os últimos dados do tipo, divulgados pelo governo, eram de 2005. Em 2009, o Brasil assumiu o compromisso voluntário de reduzir, até 2020, em até 38,9% o projetado para aquele ano em relação à emissão de gases causadores do efeito estufa.

Apesar do estado "muito avançado" do Brasil, como definiu o secretário de Políticas e Programas de Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, os números indicam que as reduções se limitaram ao universo das florestas.

Nas emissões geradas pela queima de combústiveis fósseis e pela indústria do petróleo e gás natural, por exemplo, houve um aumento de 21,4% na quantidade de gases na atmosfera - dobrando sua participação no total de emissões brasileiras.

Na agropecuária, setor que vem puxando pra cima o PIB brasileiro, houve aumento de 5,2% --índice quase igual aos 5,3% de outros setores industriais, como siderurgia e mineração.

O governo, no entanto, afirma que, apesar dos aumentos, eles cresceram menos do que vinha sendo projetado.

DESMATAMENTO
Mais cedo, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) confirmou indicação dada em novembro, de que o desmatamento na Amazônia, em 2012, foi o menor desde que o governo começou a medi-lo. O dado consolidado, medido pelo sistema Prodes, com satélites de alta resolução, aponta um desmatamento de 4.571 km² (equivalente a três cidades de São Paulo).

No ano anterior, o índice era de 6.418 km² --uma redução de 28,8%.

Fonte: Folha S. Paulo, 26.7.2013

Logistica Reversa de embalagens de agrotoxicos

Em dez anos, o recolhimento e a destinação ambientalmente correta de embalagens de agrotóxicos utilizados nas áreas rurais do país geraram uma economia de energia suficiente para abastecer 1,4 milhão de casas no período. A iniciativa também evitou o consumo de água equivalente ao volume de 36 milhões de caixas d’água, entre 2002 e 2012, segundo números divulgados pela Fundação Espaço ECO, que reúne especialistas responsáveis pela análise da eficiência de ações sustentáveis implementadas por algumas empresas.
“Para fazer a gestão das embalagens nós também emitimos dióxido de carbono ao usar caminhões para o recolhimento, utilizamos água no processo de reciclagem dessas embalagens. Precisávamos saber se essa solução que encontramos é eficiente”, explicou João Cesar Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), formado pelos fabricantes do produto.
O levantamento foi feito a partir da mesma ferramenta que comparou a produção do polietileno feita a partir da resina virgem – extraída de processamentos do petróleo – com a produção do polietileno a partir da cana-de-açúcar, mostrando que o produto feito a partir da cana gerava menos impactos sobre a natureza.
A medida sobre a ecoeficiência do sistema não é uma exigência legal. Rando explicou que Política Nacional de Resíduos Sólidos, que instituiu a logística reversa de embalagens de agrotóxicos como obrigação há mais de dez anos, não exige o balanço. “Mas é forma de medir se solução que estamos implementando é eficiente. Nem sempre a solução que você implementa é, do ponto de vista social e ambiental, positivo”, explicou.
Os dados sobre os reflexos no consumo de água e energia comparam a situação da gestão ambiental de embalagens com o cenário anterior, quando esses produtos ficavam estocados nos imóveis rurais e, muitas vezes, eram queimados pelos produtores. De acordo com Rando, o levantamento contratado mostrou que para cada embalagem de 20 litros produzida a partir do processo de reciclagem, o sistema evita a emissão de 1 quilograma (kg) de dióxido de carbono.
“Quando reciclamos, produzimos uma nova embalagem [com o material reciclado] que é usada para o próprio defensivo. Quando o sistema recicla deixa de usar uma resina virgem que vem de todo um ciclo de processamento do petróleo. Você evita esse ciclo todo, então você usa menos energia, emite menos gases”, explicou João Cesar Rando.
Nos seis primeiros meses desse ano, o sistema de logística reversa de embalagens de agrotóxicos, que envolve agricultores, comerciantes e fabricantes, totalizou o recolhimento de mais de 21,3 mil toneladas de embalagens vazias. O volume representa um crescimento de 9% em relação ao volume recolhido no mesmo período de 2012 (mais de 19,5 mil toneladas).
Fonte: Agencia Brasil, 25.7.2013

sábado, 13 de julho de 2013

Logística Reversa de Óleos Lubrificantes já é realidade

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e entidades representativas do setor de óleos lubrificantes assinaram hoje (19 de dezembro) acordo setorial em que os empresários se responsabilizam pela reciclagem das embalagens plásticas de óleos lubrificantes.

O acordo está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. A lei que institui a política (12.305/2010) prevê  que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de um determinado produto que possa causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana devem criar um sistema de recolhimento e destinação final independente dos sistemas públicos de limpeza urbana.

Os demais setores que devem aderir ao acordo são o de embalagens (de forma geral), de lâmpadas, de medicamentos, de vidros e de resíduos eletroeletrônicos. O setor de óleos lubrificantes foi o primeiro a aderir.

A ministra acredita que em 2013 os outros acordos setoriais devem ser assinados.”Os setores estão organizando as suas demandas e estão arcando com os custos da logística reversa, que tira do meio ambiente aquilo que se colocou.”

Izabella Teixeira diz que as empresas serão monitoradas pelo Ministério do Meio Ambiente por meio de um sistema online. “Todo varejista tem que ter o registro do que ele recebeu para vender e do que ele entregou para a reciclagem. Essa informação vai ser colocada no sistema de controle de óleo lubrificante.” Ela alerta que quem não respeitar o acordo pode se enquadrar na Lei de Crime Ambiental.

Alísio Vaz, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), disse que todos os membros da entidade, que respondem por 80% do óleo lubrificante fabricado no Brasil, atuam na reciclagem de embalagens. O Programa de Reciclagem de Embalagens Jogue Limpo, do Sindicom, existe desde 2005.

“Os pontos de venda devem guardar as embalagens, acondicionadas de maneira correta. Os caminhões de empresas contratadas vão aos pontos de venda, pesam os sacos com os recipientes, dão um recibo para o dono do posto de que ele entregou um volume determinado. As informações são colocadas no sistema e as embalagens são enviadas para empresas recicladoras de plástico,” explica Vaz.

O presidente do sindicato diz que o custo do sistema é alto. ” A reciclagem é custeada pelas empresas. É um custo logístico muito elevado você ir a centenas de milhares de pontos de venda e recolher as embalagens. É um custo que acaba sendo embutido no próprio produto”.

Fonte: Agência Brasil, 19.12.2012


Unidade 8: Sistema de Gestão Ambiental

1. O que é Sistema de Gestão Ambiental – SGA para a NBR ISO 14001:2004?

2. O que é uma auditoria interna para a NBR ISO 14001:2004?

3. Cite duas características de uma política ambiental?

4. Cite duas características de objetivos, metas e programas ambientais do SGA na NBR ISO 14001:2004?

5. Qual a importância de competência, treinamento e conscientização do pessoal na NBR ISO 14001:2004?

6. Qual a importância da análise pela administração do SGA na NBR ISO 14001:2004?

sábado, 6 de julho de 2013

Unidade 7: Gestão Ambiental Empresarial

1. Para que servem as tecnologias de remediação?

2. Para que servem as tecnologias end of pipe control?

3. O que é um Sistema de Gestão Ambiental – SGA?

4. O que é a ISO 14.001?

5. Por que a ISO propôs normas para o desenvolvimento de um SGA?

6. Qual o objetivo principal da ISO 14.001?

Unidade 6 : Gestão Ambiental Pública

1. Defina Gestão Ambiental Pública.

2. Explique o funcionamento de dois órgãos que fazem parte do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA.

3. Explique um dos documentos que compõe o licenciamento ambiental.

4. Descreva dois instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente.

5. Descreva dois instrumentos econômicos da Política Nacional de Meio Ambiente.

6. Qual a importância da Educação Ambiental?

Unidade 5: Rio+20 (2a parte)

1. As políticas e instrumentos para a implementação da economia verde deverão variar entre diferentes países. Considerando o desafio da erradicação da pobreza, como a transição de uma economia verde pode ser inclusiva e contemplar princípios de equidade entre gerações, países e dentro de um mesmo país?

2. Qual a estrutura institucional que permite integrar melhor as agendas e atividades das instituições responsáveis pelos pilares econômico, social e ambiental do desenvolvimento sustentável?

3. Quais sugestões poderiam ser feitas para implementação de projetos de agências internacionais no País seja realizada de forma coordenada, evitando a duplicação de esforços?

4. Como fortalecer a governança ambiental internacional, particularmente o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em seu papel de apoiar os países na implementação dos compromissos ambientais e de formação de capacidades?

5. Qual o papel dos atores não governamentais no sistema multilateral e de que forma estruturas de governança das Nações Unidas podem viabilizar a participação e o reconhecimento das visões e demandas destes atores?

6. Na opinião do grupo, qual foi o maior ganho da Rio+20, em junho de 2012, no Rio de Janeiro?

domingo, 9 de junho de 2013

Unidade 4: Rio+20 (1a parte)

1. A Conferência deve estabelecer a nova agenda internacional para o desenvolvimento sustentável para os próximos anos. Para que o Brasil exerça a liderança desse processo, deverá apresentar propostas para uma agenda de vanguarda, que eleve os níveis de ambição dos atuais debates. Qual seria a contribuição do Brasil nesse contexto?

2. Como poderá a Conferência causar impacto no debate interno sobre desenvolvimento sustentável no Brasil e contribuir para as necessárias transformações do país rumo à sustentabilidade?

3. Como poderá a Rio+20 assegurar a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável? Como poderá contribuir para o fortalecimento do multilateralismo, ultrapassando as divisões tradicionais (Norte-Sul)?

4. Quais são os principais avanços e lacunas na implementação dos documentos resultantes das Cúpulas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio de Janeiro, 1992 e Joanesburgo, 2002)?

5. Quais são os temas novos e emergentes que devem ser incluídos na agenda internacional do desenvolvimento sustentável? Quais temas contemplam, de forma equilibrada, as dimensões ambiental, social e econômica?

6. A economia verde deve ser uma ferramenta do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, novos padrões de consumo e produção devem guiar as atividades econômicas, sociais e ambientais. Quais seriam esses novos padrões?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um ano depois da Rio+20

Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil

No mês em que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, completa um ano, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu a relevância do encontro internacional, destacando que a agenda definida pelas autoridades presentes pauta a discussão da sustentabilidade atualmente. Na abertura da Semana do Meio Ambiente, hoje (3), no Jardim Botânico, a ministra disse que não há um fórum de que tenha participado em que essa importância não tenha sido reconhecida.

"Um ano depois da Rio+20, o que temos no exterior é uma pauta modelada pela herança e pelo legado da conferência", defendeu a ministra na abertura do evento. Ela reforçou a ideia em entrevista a jornalistas: "A agenda da Rio+20 tem pautado todas as negociações internacionais de desenvolvimento sustentável, e basicamente é uma agenda que coloca na centralidade do debate a questão do homem, a questão da erradicação da pobreza e de evoluir em novos modelos econômicos, para permitir que possamos tratar a sustentabilidade não só como uma questão de desenvolvimento nacional, mas de desenvolvimento global."

A ministra comparou a Rio+20 à Rio92. Segundo Izabella Teixeira, elas representaram fases distintas da discussão da sustentabilidade. "A Rio92 foi um ponto de chegada, em que se negociou um conjunto de acordos legais como a Convenção do Clima e a Convenção da Biodiversidade e se finalizou essa etapa na conferência. A Rio+20 foi um ponto de partida. A partir do que foi definido aqui há um caminho de negociação e novos postulados."

A programação da abertura da Semana do Meio Ambiente no Jardim Botânico incluiu o seminário A Geopolítica do Desenvolvimento Sustentável, com a participação de pesquisadores, representantes do governo, do setor privado e de organizações não governamentais. O diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa do Lago, analisou que cada país enfrenta setores internos reticentes à agenda ambiental. De acordo com ele, esses setores são mais ativos e atuam com lobbies fortes por considerarem que têm muito a perder com o avanço da agenda.

A diretora regional da América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Margarita Astrálaga, e a presidenta do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Yolanda Kakabadse, defenderam o investimento na busca de novos modelos econômicos. O presidente da Unilever no Brasil, Fernando Fernadez, argumentou que as grandes empresas precisam alinhar práticas e parâmetros nessa área para, entre outras vantagens, facilitar a oferta de matéria-prima sustentável, muitas fezes fornecida por empresas menores e com dificuldades em atender a demandas muito diversas.

Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil, 3.6.2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Unidade 3: Agenda 21

1. O que é a Agenda 21?

2. Para que serve a Agenda 21?

3. Cite duas inovações da Agenda 21 Brasileira?

4. Cite três princípios gerais que devem nortear o desenvolvimento de uma Agenda 21 Local?

5. Qual a importância de um fórum de acompanhamento da implementação da Agenda 21 Local?

6. Produção e Consumo Sustentável são temas muito pouco conhecidos no Brasil. O que deveria ser feito para a divulgação e implementação destas propostas?

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Unidade 2: Impactos no Macroambiente

1. O que o grupo entende por efeito estufa?

2. Proponha três medidas para reduzir o efeito estufa que podem ser compreendidas como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

3. O que o grupo entende por destruição da Camada de Ozônio?

4. Proponha três medidas para reduzir a destruição da Camada de Ozônio.

5. Quais as principais causas da Chuva Ácida?

6. Proponha três medidas para reduzir o efeito da Chuva Ácida.

sábado, 18 de maio de 2013

Protocolo de Kyoto prorrogado até 2020

A conferência do clima da ONU, a COP-18, terminou ontem em Doha, no Qatar, aprovando a extensão do Protocolo de Kyoto, que expiraria no fim deste ano, até 2020.
A prorrogação de oito anos mantém vivo o único pacto já firmado entre as nações do planeta para a redução das emissões de gases-estufa.
Em vigor desde 1997, o protocolo comprometeu as nações desenvolvidas a reduzirem suas emissões em 5,2%, entre 2008 e 2012, em comparação com os níveis de 1990.
Apesar do resultado, a aprovação de um segundo período para Kyoto é mais um ato simbólico, já que com as deserções de Rússia, Canadá e Japão, os atuais signatários do pacto respondem por apenas 15% das emissões mundiais de gases-estufa.
"Agradeço a todos vocês pela boa vontade e pelo trabalho duro em levar o processo adiante", disse o presidente da conferência, Abdullah bin Hamad Al-Attiyah.
Com um dia de atraso e depois de uma intensa noite de negociações, os 194 países presentes chegaram a um acordo para um segundo período do protocolo de Kyoto, comprometendo União Europeia, Austrália e mais uma dezena de países industrializados a realizar os cortes acordados até 2020.
Os países haviam concordado no encontro do ano passado em Durban, na África do Sul, a trabalhar em favor de um novo acordo que comprometesse todos os países do mundo a reduzirem suas emissões, e não apenas os ricos. O novo acordo, prevê-se, deve ser concluído em 2015 e implementado em 2020.
Outros pontos polêmicos da conferência, como a ajuda aos países pobres para enfrentar os efeitos do aquecimento global e a reparação por parte dos países ricos pelos danos já causados, ficaram para depois também.
Fonte: Folha S. Paulo, dezembro de