segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Como o crescimento populacional, urbanização e industrial de produção afetam a qualidade da água?

A deterioração da qualidade da água ocorre, principalmente, quando a infra-estrutura de saneamento está sobrecarregada ou é ausente. Ocorre também quando resíduos e águas residuais são despejados diretamente no meio ambiente, sem tratamento prévio. O reforço e a expansão desta infraestrutura do saneamento básico podem ser muito caros e, portanto, em geral, não está acompanhando o rápido desenvolvimento. A gestão das águas residuais, portanto, está surgindo como um importante desafio global.

A qualidade da água pode ser afetada por carga orgânica (esgoto, por exemplo), agentes patogênicos, incluindo vírus nos fluxos de resíduos de animais domésticos, resíduos agrícolas e resíduos humanos, carregados de nutrientes (por exemplo, nitratos e fosfatos). Além disso, a poluição por hidrocarbonetos, produtos químicos sintéticos e persistente de engenharia (por exemplo, plásticos e pesticidas), operações de resíduos de medicamentos e hormônios miméticos e seus subprodutos, somados à poluição radioativa e, até mesmo, a poluição térmica de refrigeração industrial e reservatório são fatores que influenciam na qualidade da água.

A degradação da qualidade da água pode resultar na deterioração do funcionamento dos ecossistemas e pode levar a mudanças bruscas e não-lineares. Uma vez que certos limites sejam ultrapassados, o sistema pode mudar para um estado muito diferente e chegar ao colapso. A carga excessiva de nutrientes na água doce, por exemplo, pode causar mudanças abruptas e extensas, possivelmente levando à proliferação de algas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como a qualidade da água afeta a saúde humana?

A qualidade da água é fundamental para garantir um ambiente saudável e a saúde humana. A exigência básica por pessoa por dia é de 20 a 40 litros de água livre de contaminantes nocivos e agentes patogênicos, para os fins de água potável e higiene.

Em muitos países, no entanto, a quantidade de água necessária por dia para beber e o esgotamento sanitário não possuem a qualidade requerida. Países em desenvolvimento em fase de rápida urbanização sofrem com a falta de redes de esgoto, o que resulta na contaminação da água potável, tornando-se uma das principais causas de doenças e morte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 4 bilhões de casos de diarréia por ano, além de milhares de outros casos da doença, estão associados com a falta de acesso à água com qualidade segura para consumo humano. Por ano 2 milhões de pessoas morrem como resultado de diarréia, a maioria delas crianças menores de cinco anos de idade. A saúde humana é gravemente afetada por doenças relacionadas à água (por vias navegáveis, alimentos lavados com água, etc), bem como pela poluição química da água.

Apesar da melhora progressiva na oferta de saneamento básico, desde 1990, o fornecimento de água potável e esgotamento sanitário, para grande parte da população humana, continua sendo um desafio. Hoje, 1,1 bilhão de pessoas ao redor do mundo ainda não têm acesso ao abastecimento de água tratada e mais de 2,6 bilhão de pessoas carecem de esgotamento sanitário. Melhorias no saneamento têm sido menos observadas nas áreas rurais do que nas zonas urbanas.

2 milhões de pessoas morrem por ano devido á água contaminada

Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por ano no mundo devido a doenças causadas pela água contaminada. Porém, os problemas podem ser evitados por meio de políticas públicas eficientes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para os especialistas, o ideal é adotar um plano de gestão de água potável de qualidade.

O coordenador de Água, Saneamento, Higiene e Saúde da OMS, Robert Bos, destaca que os males causados pela água contaminada atingem países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Isso deixa claro que a maioria desses [problemas] poderia ter sido evitada por meio da implementação dos planos de segurança em água.”

A OMS dispõe de um plano denominado Planejamento de Água Saudável, que define uma mudanças na gestão da água potável em vários países. A ideia é incluir procedimentos de segurança para assegurar a qualidade da água usada na alimentação e orientações à população. Também há recomendações sobre os riscos envolvidos.

De acordo com o estudo, é necessário que as autoridades estejam atentas às mudanças climáticas, que provocam alterações de temperatura da água, e às ameaças de escassez do produto. Há, ainda, a preocupação com o controle no uso de substâncias químicas para o armazenamento de água potável.

"Os países têm a oportunidade de fazer progressos substanciais para a saúde pública por meio da definição e aplicação de normas eficazes e adequadas para assegurar água potável", disse a diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, Maria Neira.

Para o diretor executivo da Agência Nacional de Águas de Cingapura, Khoo Teng Chye, o fornecimento de água potável é um dos principais pilares da saúde pública. Segundo ele, as novas orientações devem seguir os princípios da prevenção e qualidade da água potável.

Fonte: Agência Brasil, 5.7.2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Investimento anual no setor hídrico de 0,16% do PIB mundial

Um investimento anual no setor hídrico de 0,16% do PIB mundial – o equivalente a 198 bilhões de dólares – poderia diminuir a escassez de água e reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso sustentável à água potável e aos serviços de saneamento básico.

As informações são do Relatório sobre Economia Verde, lançado em 25 de agosto em Estocolmo pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) durante a Conferência da Semana Mundial da Água.

A falta de investimentos em serviços hídricos, de coleta, tratamento e reutilização eficiente da água resulta na redução de reservas aquíferas em várias partes do mundo e contribui para uma situação em que a demanda global por água poderia ultrapassar a oferta num período de 20 anos.

Camboja, Indonésia, Filipinas e Vietnã são alguns dos países cujas perdas causadas pela deficiência no serviço de saneamento básico alcançam cerca de US$ 9 bilhões por ano ou 2% do PIB total combinado.

Segundo Achim Steiner, Sub-Secretário geral da ONU e Diretor Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), “otimizar o acesso à água potável e serviços de saneamento básico é fundamental para uma sociedade mais sustentável e de uso mais eficiente de recursos”. Caso não haja êxito na promoção do uso mais eficiente da água, a demanda por água pode ultrapassar a oferta em 40% até o ano de 2030.

Otimizar a produção de água, assim como aumentar o abastecimento por meio de novas represas, plantas dessalinizadoras e reciclagem pode diminuir essa lacuna em até 40%. No entanto, os 60% restantes deverão ser compensados a partir de investimentos na infraestrutura, reformas na política de recursos hídricos e desenvolvimento de novas tecnologias.
Fonte: ONU Brasil, 2.9.2011

Parâmetros Biológicos da Água

a) Coliformes: são indicadores de presença de microrganismos patogênicos na água; os coliformes fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e, quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu esgotos domésticos, podendo conter microrganismos causadores de doenças.

b) Algas: as algas desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis pela produção de grande pane do oxigênio dissolvido do meio; em grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, turbidez e cor; formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas, provocam a redução do oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos processos de tratamento da água: aspecto estético desagradável.

Padrões de qualidade da água
            Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos. Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais são fixados por entidades públicas, com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-lo.
Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os padrões de potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes dos de balneabilidade (água para fins de recreação de contato primário), os quais, por sua vez, não são iguais aos estabelecidos para a água de irrigação ou destinada ao uso industrial. Mesmo entre as indústrias, existem requisitos variáveis de qualidade, dependendo do tipo de processamento e dos produtos das mesmas.
Uma forma de definir a qualidade das águas dos mananciais, é enquadrá-los em classes, em função dos usos propostos para os mesmos, estabelecendo-se critérios ou condições a serem atendidos.