quarta-feira, 28 de março de 2012

Audiência pública debate Plano de Drenagem de Juiz de Fora

A audiência pública realizada ontem, 27 de março, na Câmara Municipal para discutir alternativas para os recorrentes alagamentos no Bairro Industrial, Zona Norte, terminou sem respostas efetivas à população local. Apesar de a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Estratégico (SPDE) ter apresentado Plano de Drenagem Urbana que contempla a região, o conjunto de intervenções proposto por pesquisadores da UFJF à Prefeitura, orçado em cerca de R$ 20 milhões, depende da captação de recursos junto ao Governo federal para que possa ser posto em prática. Os vereadores Chico Evangelista (PP) e Wanderson Castelar (PT), proponentes da reunião, sugeriram que documento solicitando agilidade na confecção de um projeto para pleito de verba seja encaminhado à Secretaria de Obras.

Representando os moradores do local, Renata Moraes lembrou que a comunidade passa o período chuvoso atenta ao nível do Rio Paraibuna e do Córrego Humaitá, que corta o bairro. O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Industrial, José Chaves Júnior, destacou que o problema é mais grave na Rua Henrique Simões, mas afeta o patrimônio e a saúde física e psicológica de toda a região. "Existe a enchente que nos obriga a levantar os móveis, e existe e enchente que esperamos chegar e que nos impede de dormir enquanto não vem. É essa que arrasa qualquer ser humano."

Segundo o diretor do Departamento de Articulação e Integração de Políticas Setoriais da SPDE, Heber de Souza Lima, a Zona Norte foi priorizada no Plano de Drenagem Urbana por ser a que apresenta situação mais crítica na cidade. "Devido à crescente impermeabilização dos solos, decorrente da construção civil, a água tem chegado muito rápido às regiões mais baixas, provocando as inundações", expôs.

Em entrevista à Tribuna, o coordenador do projeto, Fabiano César Tosetti Leal, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF, explicou que foram estudadas as manchas de inundação e as áreas passíveis de enchentes, dependendo da intensidade das chuvas, e oferecidas algumas propostas. Entre as intervenções estruturais e não estruturais indicadas está a construção de bacias de detenção e bacias de infiltração, que retêm a água da chuva e a libera lentamente, para que escoe com mais facilidade e não haja inundação.

Fonte: Tribuna de Minas, 28.3.2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Unidade 2: Impactos no Macroambiente

1. Cite dois exemplos de consequências do aquecimento global.

2. O que é e qual o objetivo do Protocolo de Kioto?

3. O que o grupo entendeu como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL? Dê um exemplo de MDL.

4. A destruição da Camada de Ozônio é irreversível ou essa camada pode ser reconstituída? Por quê?

5. Cite duas medidas para minimizar os efeitos nocivos da chuva ácida?

sábado, 24 de março de 2012

Lixo mancha imagem da cidade da Rio+20

Em 1992, quando sediou a maior cúpula mundial sobre meio ambiente, o Rio inaugurou uma usina de triagem de lixo no Caju, com a perspectiva de implantar um programa de separação e reciclagem de resíduos. Duas décadas depois, o órgão tornou-se um símbolo da ineficiência da cidade na questão da destinação do seu lixo. Com tecnologia defasada, a usina revelou-se um gato vendido por lebre. Não chega a ser novidade, pois a falta de planejamento, e má execução, são traços comuns no poder público.

Os vinte anos entre a Rio 92 e a cúpula sobre desenvolvimento sustentável que, em junho, fará o balanço do legado do encontro do início dos anos 90 revelam um inquietante contencioso: a cidade-sede da Rio+20 vai para a nova rodada de discussões sobre o futuro ambiental do planeta sem ter feito o mais elementar dever de casa. O lixo aqui produzido ainda é um grande problema. Diferentemente de grandes cidades, principalmente europeias, nas quais a reciclagem faz parte de eficientes programas que reduzem a poluição e, inclusive, geram lucros, o Rio ainda enfrenta a questão com métodos e perspectivas anacrônicos.

O problema se mede em números impressionantes, como mostra a série de reportagens que o GLOBO publica. O Rio recicla apenas 3% do lixo que produz (252 toneladas das 8.403 geradas a cada dia). A Comlurb, empresa responsável pela coleta e destinação, tem ínfima participação — apenas 0,27% — nessa fatia, por si só exígua. A coleta seletiva é incipiente: dos 160 bairros da cidade, apenas 41 são cobertos, e mesmo assim de forma parcial, por esse sistema de recolhimento de detritos, essencial para a implantação de programas de reciclagem.

Na outra ponta do problema, onde o lixo é produzido, inexistem campanhas que estimulem a população a separar os detritos antes de vazá-lo. De maneira geral, a iniciativa privada também pouco se engaja. Mas, por outro lado, condomínios e companhias que procuram fazê-lo esbarram na falta de coleta seletiva mais abrangente. É um círculo vicioso e, pior, crescente, pois a cada ano que passa um volume maior de dejetos recolhidos reduz a margem de ação da prefeitura.

Não é, no entanto, questão insolúvel. Capitais europeias recuperam, em média, 40% do seus resíduos. Há registros extremos de reciclagem, em Tóquio e Berlim, por exemplo, e de transformação do lixo em fonte de lucros. Empresas privadas alemãs, suecas e belgas faturam milhões com a reciclagem. A sueca Boliden AB teve em 2011 um volume de negócios de 4,5 bilhões de euros, enquanto a alemã Aurubis registrou uma movimentação de 13,3 bilhões.

Há soluções, mas o Rio parece ainda muito distante delas. É possível que, premido pelas exigências da Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e cobra ações concretas dos municípios até agosto em relação à destinação do lixo produzido, a prefeitura comece a buscar soluções e a enfrentar um problema que se avoluma. Na cidade da Rio+20 — e da Copa e das Olimpíadas — é hora de fazer o dever de casa.

Fonte: Jornal O Globo, 24.3.2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água 2012

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi instituído o Dia Mundial da Água. A partir de 1993, o dia 22 de março passou a ser referência na defesa dos recursos hídricos e na concretização de medidas, nacionais e internacionais, voltadas à solução de problema para a conscientização da importância da conservação, preservação e proteção da água em todo o planeta.

Para comemorar o Dia Mundial da Água em 2012, o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promoveu um evento especial na manhã desta quinta-feira, dia 22. “Universidade e Escola no Caminho das Águas” busca conscientizar a comunidade local sobre os principais problemas ambientais da atualidade e, assim, incentivar ações pela defesa e preservação do planeta.

Foram realizadas atividades pedagógicas com a participação de professores da UFJF, Celso Bandeira e Marconi Moraes, e de escolas que desenvolvem projetos em parceria com o curso.  Aproximadamente 250 alunos de seis escolas da cidade participiram do evento.

“Universidade e Escola no Caminho das Águas” está em sua segunda edição e faz parte do projeto de extensão “Minha Escola Sustentável”. O projeto aproxima os alunos da rede municipal e privada do ambiente universitário e tem como principal objetivo a disseminação de conhecimentos sobre a importância do planejamento na ocupação das bacias hidrográficas da região.

O evento aconteceu das 8h às 12h no Anfiteatro da Faculdade de Engenharia, ao lado da cantina, e foi aberto ao público.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Unidade 1: Contextualização da Questão Ambiental


1. O que o grupo entende pelo conceito de desenvolvimento sustentável?

2. Qual a importância histórica do livro “A Primavera Silenciosa”?

3. O que o grupo entende por regulamentação e controle ambiental?

4. A votação no Congresso Nacional do novo código florestal possui relação com o conflito entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico? Por quê?

5. Cite duas medidas que um estado nacional pode tomar em direção ao desenvolvimento sustentável da sua população?

 

Agenda antiga priveligia só clima, diz Itamaraty

Para o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, secretário-executivo da Comissão Nacional da Rio +20, uma agenda antiga privilegia apenas questões climáticas. Figueiredo enfatiza que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho, não será apenas ambiental.

"Algumas pessoas ainda estão com agenda um pouco antiga, que têm seus méritos, mas se não houver integração da área ambiental com o desenvolvimento do país, não vai se proteger o meio ambiente mesmo", diz ele.

"Não há sustentabilidade com fome, sem crescimento econômico, como não há sustentabilidade sem proteção ambiental", acrescenta.

Antes da reunião de chefes de Estado, haverá os diálogos da sociedade, sobre nove temas, com a participação de Prêmios Nobel, CEOs de grandes empresas, cientistas e acadêmicos. Recomendações serão levadas à cúpula.

 
"Temos um modelo de desenvolvimento que gera crises de clima, biodiversidade, financeira, desigualdade..."

A ideia, segundo Figueiredo, é que os objetivos do desenvolvimento, que sairão do encontro, sejam para todos os países, não apenas para os países em desenvolvimento. "Não aceitamos que quando os países em desenvolvimento começaram a crescer tenha voltado a teoria de limites do planeta, o mesmo discurso de clima: vocês chegaram tarde e agora não podem emitir."

Há consenso em reforçar o Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), diz.

"Uns querem composição universal e recursos destinados obrigatoriamente. O Brasil é flexível, quer reforçá-lo, mas não toma partido porque preside a cúpula e tem de buscar o entendimento."

Figueiredo se diz entusiasmado com o interesse de empresários, inclusive estrangeiros. São de vários setores, em especial aqueles que têm imagem de sustentabilidade.

A logística do evento não será fácil. "Imagine cerca de 100 chefes de Estado se retiram do Rio Centro à mesma hora, com cortejo de motocicletas, carros de segurança...Só de batedores serão 600."

"Não há sustentabilidade com fome, sem crescimento, como não há sustentabilidade sem proteção ambiental"

NÚMEROS:

13 a 22 de junho

100 chefes de Estado*

50 mil pessoas

15 Prêmios Nobel*

quinta-feira, 8 de março de 2012

Impasse político leva ao adiamento da votação do novo Código Florestal

Preocupado com o pesado clima político em torno da votação do novo Código Florestal, o Palácio do Planalto enviou ontem à Câmara a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Agricultura, Mendes Ribeiro, para tentar costurar um acordo sobre o texto que deve ir a votação no plenário da Casa na próxima semana. Sem sucesso. Em meio à divisão entre partidos da base aliada, o relator na Câmara do projeto que cria o novo Código Florestal, Paulo Piau (PMDB-PR), apresentou um parecer "provisório", com itens em aberto para negociação e pontuado por discordâncias entre ruralistas, ambientalistas e governo.

De acordo com Piau, o texto preliminar traz 28 alterações em relação à versão aprovada pelo Senado no ano passado. Entre as mudanças estão a exclusão dos apicuns e salgados, que são áreas de mangue utilizadas para a criação de camarões, da classificação de áreas de preservação permanente (APPs) e a liberação de pastagens e plantios nas áreas entre 25 graus e 45 graus de inclinação. Até a última terça-feira, o governo recusava qualquer tipo de mudança em relação ao texto aprovado no Senado. Agora, mostra-se mais flexível. "Todo mundo sabe que a versão do Senado avançou em relação à Câmara, mas existem falhas no texto que precisam ser corrigidas", admitiu o ministro Mendes Ribeiro, depois de participar de reunião com líderes governistas, na Câmara.

Multas
O governo tem pressa em aprovar o novo código para evitar uma prorrogação do decreto presidencial que suspende a aplicação de multas aos produtores rurais que descumpriram regras ambientais estabelecidas em 2008 e para minimizar a pressão política da realização da Rio +20 sobre a discussão do texto.

Ontem, manifestantes de cerca de 250 entidades ambientais e organizações de pescadores e camponeses se reuniram em frente ao Congresso. Exibindo faixas defendendo a preservação dos mangues e pedindo o veto presidencial ao novo código, eles protestaram contra a proposta que tramita na Casa. "Não aprovar o código ou atrasar sua votação é o pior dos cenários. Será muito mais complexo negociar acordos com a proximidade da Rio +20", avalia Piau.

No momento, são as discórdias que marcam o texto do novo código. O governo quer evitar a aprovação, por exemplo, de um artigo que obriga a recomposição florestal nas áreas de expansão urbana na razão de 20 metros quadrados por habitante. A exigência tem impacto direto sobre programas sociais de habitação, como o Minha Casa, Minha Vida, por conta do encarecimento dos projetos. Os ambientalistas defendem o artigo. "Pessoalmente, eu também concordo. Mas a pressão sobre o preço do lote virá", reconhece Piau.

Contra o governo, os ruralistas defendem o retorno da Emenda nº 164, que anistiava plantações e pastos feitos em APPs até 2008, e do texto da Câmara na definição de regras para a recomposição florestal nas APPs em margens de rios. A versão da Câmara determinava apenas uma metragem mínima para a recomposição, de 15 metros, para rios de 10 metros de largura. No caso de rios maiores, os limites ficariam a critério da União e de legislações estaduais. O Senado definiu faixas de recuperação entre 30 e 100 metros de vegetação para rios maiores de que 10 metros de largura.
Fonte: Correio Braziliense, 8.3.2012